A tecnologia influi nos nossos mais diversos meios de comunicação. E, como não poderia deixar de ser, ela acabou afetando também os registros sonoros.
Os aparelhos reprodutores de música tiveram um aperfeiçoamento mais lento. Desde os tempos de Thomas Edison, o aparelho era composto por uma base giratória, que era impulsonada por um motor ou manualmente, uma agulha leitora, um diafragma e uma corneta.
Os mais marcantes aperfeiçoamentos iniciais foram os da mecânica, quando passou a ser usado o motor com a corda. As máquinas também eram melhor construídas e alguns diafragmas melhorados.Em meados da década de 20, foi descoberta a gravação elétrica. Esta com certeza foi a primeira e uma das mais importantes revoluções no mundo sonoro. Seu desenvolvimento foi possível, em grande parte, a invenção do rádio. As músicas eram tocadas nas rádios ao vivo, e muitas vezes o ouvinte tinha uma decepção ao escutar as músicas "de verdade", pois antes grande parte das falhas auditivas eram causadas pela mecânica.
Essa situação durou pouco, no entanto. A Western Electric Co. desenvolveu uma tecnologia em 1924 que utilizava-se de amplificadores e microfones, o que melhorava (e muito) a qualidade dos trabalhos gravados em disco.
Em 1948, Peter Goldmark lançou o LP. O ruído diminuiu e a fidelidade foi aumentando com o aperfeiçoamento técnico até surgir, na década de 80, o Compact Disc que, com todo o avanço que significou, ainda é um suporte de gravação que depende do movimento para reproduzir. Hoje estamos diante dos mais fantásticos recursos disponíveis através da Internet, onde se pode obter gravações através do processo de download de arquivos sonoros. Em seqüência, vieram do cilindro de Edison ao disco de Berliner, do disco de Berliner ao LP de Goldmark, do LP de Goldmark ao CD, do CD ao HD (Hard Disk) dos computadores. Tudo indica que a memória eletrônica substituirá os suportes que dependam de movimento, com as vantagens óbvias da ausência do desgaste, que acaba por corromper o sinal gravado.
